Painel: Educação
/ Formação
Moderadora: Fernando Ilídio Ferreira
- Docente e Investigador do Instituto de Estudos da Criança
da Universidade do Minho
|
Palestrantes |
Irene Figueiredo
Maria Ester Vaz
Pedro Cunha |
Resumo |
Ensino Superior Aberto
a Novos Públicos no quadro dos princípios de
aprendizagem ao longo da vida para todos
A comunicação teve por objectivo reflectir
o papel das instituições de ensino superior
na concretização dos princípios e do
mandato social da aprendizagem ao longo da vida para todos.
Foram analisados aspectos como os actores envolvidos, as
estratégias de implementação, as implicações
organizacionais e científico-pedagógicas e os
diferentes obstáculos que se colocam à concretização
desse projecto.
Nesse sentido a abordagem apresentada fundamenta-se na própria
natureza diversificada e pluralista da “aprendizagem
ao longo da vida” que exige a coordenação
de vários actores, numa lógica de parceria. |
|
Palestrante |
Helena Costa Araújo |
Resumo |
Conciliação
e igualdade de oportunidades. Que relação?
O principio de igualdade de oportunidades tem sido erigido
em estruturante das políticas de um estado democrático |
|
Palestrante |
Maria Cristina Fernandes Rodrigues |
Resumo |
Formar para a Igualdade
de Oportunidades
A intervenção abordará a dimensão
da Igualdade de Oportunidades da perspectiva da Formação
Profissional, a diversos planos.
Desde logo, e a montante de toda a Formação,
na óptica da Formação de Formadores,
quer inicial, quer contínua. Aqui faremos um relato
da experiência do Centro Nacional de Formação
de Formadores, neste domínio, dando conta dos resultados,
com principal destaque para os obstáculos que fomos
ultrapassando.
Seguidamente, na óptica da transversalização
desta dimensão em todos os cursos da oferta formativa
ministrada pelo IEFP ou apoiada por fundos públicos.
Também aqui na dupla dimensão da formação
inicial de jovens, mas também da formação
contínua dos trabalhadores em geral.
Na retaguarda destes dois planos, convergentes, encontra-se
um outro, de menor visibilidade, mas também de importância
crucial. Trata-se da concepção, experimentação
e disseminação dos referenciais e materiais
didácticos que permitam a formação propriamente
dita.
Será também referida a participação
do CNFF em dois projectos Equal que visam a temática
da Igualdade de Oportunidades : o Projecto “Formar para
a Igualdade” e o Projecto “Agir para a Igualdade”,
cujas entidades interlocutoras são, respectivamente,
a Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego
e a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses.
A integração destas parcerias pelo IEFP/CNFF
prende-se com o interesse em aprofundar conhecimentos e partilhar
boas práticas, sobre esta matéria, numa dimensão
nacional e europeia. |
voltar ao topo
| página anterior
|
Painel: Serviços
Sociais de Apoio às famílias Moderadora:
Ester Vaz – docente e investigadora do Instituto Politécnico
do Porto |
Palestrante |
José São José |
Resumo |
Trabalhar e cuidar de
um idoso dependente: problemas e soluções
A presente comunicação baseia-se numa pesquisa
qualitativa exploratória levada a cabo no âmbito
de um projecto de investigação europeu intitulado
“New Kinds of Families, New Kinds of Social Care”.
Procurarei dar a conhecer como é que alguns familiares
do idoso dependente conciliam as responsabilidades profissionais
com as responsabilidades de prestação de cuidados,
sem perder de vista os contextos sociais nos quais se processa
essa conciliação. Ao descrever as estratégias
de conciliação terei o cuidado de referir as
principais dificuldades/problemas que lhes estão subjacentes,
bem como as consequências daí resultantes, quer
a nível individual, quer a nível familiar. Conclui-se
que existem diversos perfis de prestação de
cuidados e, também, que a conciliação
entre estas duas esferas da vida social é difícil
de estabelecer quando as famílias prestam cuidados
a idosos com elevada dependência sem apoios regulares
(informais ou formais) ou apenas com apoios pontuais durante
o dia. Estas situações são as menos adequadas
do ponto de vista do bem-estar dos familiares prestadores
de cuidados e dos idosos dependentes. Os problemas aumentam
quando se tem também crianças pequenas.
Os resultados aqui apresentados têm como base empírica
16 entrevistas semi-directivas realizadas – entre Abril
e Outubro de 2001 - junto de pessoas que trabalhavam e residiam
na área metropolitana de Lisboa, e que prestavam cuidados
a familiares idosos dependentes (não institucionalizados).
As pessoas que foram entrevistadas em cada agregado familiar
eram, com a excepção de dois casos, as principais
responsáveis pelo bem-estar do idoso dependente. São
sobretudo mulheres casadas, filhas do idoso dependente e com
idades acima dos 40 anos. Por sua vez, as pessoas idosas dependentes
são maioritariamente do sexo feminino, viúvas
e com idades acima dos 65 anos. |
|
Palestrante |
João Casqueira Cardoso |
Resumo |
A introdução
de instrumentos de igualdade em portugal — o caso da
auditoria de género
O projecto “Auditoria de Género como Instrumento
de Mainstreaming” desenvolvido pelo Centro de Estudos
das Minorias da Universidade Fernando Pessoa entre Maio de
2002 e Maio de 2002 coloca a questão de saber se existe
ou se é possível construir um “modelo”
de auditoria de género como instrumento de igualdade
de oportunidades no contexto histórico, antropológico
e institucional português. Se este modelo existe, quais
são os seus pressupostos, as suas forças e fraqueza,
os interesses nele representados? Se este modelo não
existe, quais são os elementos que permitiriam consolidar
a sua construção? Para responder a estas perguntas,
três perspectivas analíticas foram conduzidas
simultaneamente:
- A primeira perspectiva estudou os fundamentos históricos
e teóricos que conduziram ao desenvolvimento de instrumentos
de igualdade de oportunidades entre homens e mulheres em Portugal.
Por instrumentos, refere-se as instituições,
políticas e leis — com um particular destaque
para período ulterior a adesão de Portugal às
Comunidades Europeias.
- A segunda perspectiva tentou identificar através
de uma pesquisa de campo e estudo de caso os factores que
no contexto português influenciam a percepção
que a população tem dos instrumentos de igualdade
de oportunidades entre mulheres e homens. Foi particularmente
relevante avaliar através de que vectores as pessoas
— e quais — têm acesso às instituições
promotoras de igualdade e/ou conhecimento das políticas
e das leis neste campo.
- A terceira perspectiva avaliou através de uma análise
sócio-jurídica comparada o sucesso ou insucesso
dos instrumentos das estratégias de mainstreaming em
Portugal. Foi dada particular atenção aos interesses
representados nas instituições e processos de
decisão em matéria de políticas e leis.
As conclusões apontam para a insuficiência de
controlo de instrumentos institucionais (e logo a inviabilidade
parcial de auditoria) de promoção da igualdade
de oportunidades em Portugal. Resumidamente, nota-se três
deficiências sistémicas: a sobreposição
de tarefas e funções (CIDM/CITE, e eventualmente
outros órgãos ad hoc — como os altos-comissariados
ou ministérios de tutela); a falta de processos de
consulta sistemática dos órgãos especializados
(Conselho Económico e Social, CIDM, CITE) e a falta
de continuidade de trabalho de acompanhamento legislativo
e para-legislativo devido à instabilidade da alta administração
pública em Portugal; finalmente, a instrumentalização
dos órgãos públicos especializados pelas
entidades privadas (ONG, algumas só indirectamente
relacionadas com a questão da igualdade de género;
empresas, através de prémios de Igualdade sem
que haja acompanhamento da situação real das
empresas em termos de igualdade entre trabalhadoras e trabalhadores). |
|
Palestrante |
Philippe BARBEY |
Resumo |
Des services innovants
et de proximité pour la conciliation
Le projet le projet CREA (CREAtion d'offres et de services
de proximité innovants) développé dans
le cadre du programme EQUAL en Corrèze vise à
générer une dynamique en vue d'aider les femmes
à concilier des obligations familiales prenantes et
une vie professionnelle de plus en plus flexible.
Il s'agit d'adapter les systèmes de gardes actuels
des jeunes enfants et de créer de nouveaux systèmes
d'accueil plus souples pour faciliter la vie professionnelle
et/ou l'accès des femmes à l'emploi.
Une action de ce projet vise à conduire des micros-opérations
de développement social local permettant de répondre
aux besoins des enfants, des jeunes, des femmes et des familles
en matière de structures sociales de proximité
multi-accueil et de compléter ainsi l'offre de services
existante.
Après un travail d'étude avec les acteurs (élus,
habitants, associations) d'un secteur très rurale de
la Corrèze, des plate-formes de services de proximité
ont été mise en place sous la forme de centres
de loisirs sans hébergement ouverts aux enfants et
aux jeunes de 4 à 16 ans .
Chaque plate-forme centralise et traite les questions juridiques,
administratives, techniques et financières, permettant
ainsi de fortes économies d'échelle par la mise
en commun de moyens humains et matériels d'une part
et par l'embauche de personnel permanent qualifié garants
de la pérennisation des actions envisagées d'autre
part.
Cependant, du fait de l'étendue du territoire (1000
km²), des familles habitent encore loin des antennes
de proximité. Dans le cadre de l'action Vivre en ruralité
du projet CREA, il a donc été décidé
de mettre en place des transports vers les lieux d'accueil
pour les enfants les plus éloignés.
|
voltar ao topo | página
anterior
|
|